segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tribos: Macaé(nses)

Hoje, o Fanerógamo publica, com total exclusividade, sobre a tribo dos MACAENSES. Antes de falar sobre a postagem em si, devo me apresentar. Aqui quem vos fala é Eva. Eu nasci em Macaé e falo isso com orgulho. Orgulho, pois posso dizer que Macaé é cenário de raridade, com uma cultura própria extensa. Um espetáculo. E também, prorque eu não sou uma macaense típica, graças a Deus. Eu fui abençoada com o dom de ser macaense e grande estudiosa do comportamento dos mesmos. Aqui postarei uma coletânea de informações sobre macaenses, para que vocês os conheçam melhor. Devo deixar claro que nem todos os macaenses são os macaenses aqui descritos. Há uma ínfima parcela da população, que, assim como eu, não se enquadra nesta descrição; possuem um pouco de dignidade. Bom, iremos logo ao o que interessa.



Ao entrar em Macaé você logo terá uma visão que resume tudo que a cidade é: uma cidade desgraçadamente rica comandada por oligarquias locais (as familias Lopes e Mussi) que robam todos os royalties que a cidade recebe. Isso fica bem claro com o sarcófago que o último prefeito mandou instalar na entrada da cidade.

S de Silvio Lopes



Diz a lenda que Macaé está sobre a maldição de Mota Coqueiro que, ao ser executado teria dito que a cidade "...teria 100 anos de atraso pela injustiça que estava sendo feita a ele". Na época todo mundo simplesmente achou que ele tinha problemas mentais e ninguém deu muita bola para o que ele disse. Bom, hoje sabemos que ele não era maluco coisa nenhuma e que realmente lançou uma maldição das brabas.

Devido a maldição de Mota Coqueiro, Macaé só recebeu o seu primeiro shopping ano passado, o Plaza Macaé, hoje única atração para as faixas etárias 6-13 anos e 65-90 anos nas sextas-feiras e sábados de noite. Claro que vê-se salpicado todas as idades, pois é no Plaza Macaé que está o Cinemagic, único cinema da cidade. Não recomendo visitações nos finais de semanas, pois transforma-se em grande zoológico.

Para as outras idades, recomenda-se ir para a Praia dos Cavaleiros, com seus maravilhosos restaurantes e a boate Anexo Hall. É no Anexo e no Plaza que mais se encontra os macaenses típicos. Claro que se você, homem, está carente você pode ir no Alface (sério, não irei pesquisar mais além), o melhor puteiro de Macaé. Só mulher fina. Depois desse tour, nós podemos apresentar os macaenses típicos.

Os macaenses podem ser avistados nos lugares listados acima, além de serem encontrados tabém nos Festverões e nas Feiras Agropecuárias (acho que ninguém quer esse link, né?). Normalmente os homens trajam incríveis bermudas de tactel e havaianas. As mulheres, com um pouco mais de classe, trajam jeans arroxado, blusa da HBS e um salto alto encontrado na loja de sapatos de puta que fica em baixo da 2ª mais procurada boate da cidade, Backyard. Ou então usam minissaia com havaianas. Ou as outras combinações possíveis.
O macaense tem um modo peculiar de falar, com um vocabulário extenso que vai desde "cadim" a "É RÓDI, HEIN!" (só não ganha do vocabulário do campista). As traduções:
  • Faufau - Uma coisa sem graça, uma coisa, assim, faufau (eu admito: eu falo faufau).
  • É ródi, hein!! - Interjeição usada pra represantar negação profunda, como em: "De modo algum farei isso." e "Eu não concordo com a sua opinião".
  • Ô cabrunco! - Interjeição normalmente gritada, exprimindo espanto e/ou surpresa.
  • Pocar - O mesmo que estourar, ou, em alguns casos, furar. Possui derivações, como em "Pocar na risada" que seria o equivalente a "morrer de rir", "cair na risada", "rachei de rir" etc, etc. (Essa é obrigatória - até eu falo)
  • Cavas - Sinônimo de Praia dos Cavaleiros (Ex: Manhê, vou ali nos Cavas e já volto!)
  • Nas camadas menos favorecidas encontra-se também algumas expressões como: bicicreta, fror, etc, etc.
Essas são as expressões mas importantes, e também as únicas que me lembro no momento, porém, nunca se espante com o vocabulário macaense.

A população de Macaé pode ser dividida em:
  • 60% Petroleiros (gringos inclusos)
  • 30% Desempregados/Mendigos (aka= pessoas que largaram a vida pra trás e se mudaram para Macaé em busca de um emprego melhor graças as propagandas de emprego de Silvio Lopes e Riverton Mussi {eu já disse que Riverton é sobrinho do Silvio?})
  • 10% Macaenses
Os macaenses são que nem praga; estão em todos os lugares do mundo todo. Depois de Macaé, a maior concentração de macaenses é em Niterói, já que negam o fato de Macaé ser a cidade mais violenta do estado do Rio (manhê, Macaé tá no fantástico!!), acham o Rio de Janeiro um horror de tão perigosa, e resolvem se mudar pra Niterói, pois acham mais tranquila (quem entende?!).
É possivel encontrar MUITOS macaenses na Disney, já que é o destino preferido de férias e presente preferido de 15 anos. Até quem é pobre dá um jeito de ir.
Fatos curiosos:
  • De 3 em 3 meses Macaé alaga e as crianças comemoram por ficarem sem aula por 3 dias esperando a água descer.
  • Muitos maconheiros de todo o estado vão para o Sana-tório e nem sabem que é distrito de Macaé.
  • Reza a lenda que no refugio para freiras cruéis, o Instituto Nossa Senhora Da Glória (Castelo) tem uma freira morta dentro de um elevador (o elevador não funciona por causa disso), e tem um túnel no subsolo que leva até o Forte Marechal Hermes (isso é verdade, pessoal; eu já vi o túnel em um dos meus estudos da cultura local. No momoento ele está bloqueado por ervas daninhas, então não o atravessei, porém vi a entrada no Castelo e a saída no forte).
  • Possui um "santuário ecológico" chamado Arquipélago de Sant'anna.
Para fechar com chave de ouro, uma lista de pessoas ilustres de Macaé:
  1. Washington Luís (13º presidente da república)
  2. Benedito Lacerda
  3. Roupinol
  4. Aquele cara da novela da globo que minha avó disse que é de Macaé
  5. Kelvin Karvalho
Acho que nunca fiz tanto hiperlink na minha vida.

5 comentários:

  1. hmm, não vejo a hora de não visitar essa cidade :B

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  2. poxa, não faz assim! :~~ macaé é tudebom, tá?! mentira, tudo não, mas algumas coisas melhores que niterói, fikdik;

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  3. Macaé é legal, po, as pessoas de lá que não são flor que se cheire mesmo...

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  4. Gostei demais do olhar sincero. O mais triste é conversar com Campista e/ou Macaense e eles acharem que se não fossemos nós do Rio, Minas ou Minas e os gringos também, eles não estariam até hoje cortando cana.
    São uns "escarvúnculo" mesmo.

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  5. Cidade FDP Desigualdade social escrota, custo de vida surreal e trabalhos exploradores, ou vc e petroleiro ou vc se fode trampando pra alguem

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