quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tribos - O Intelectual

Hermano Vianna é um exemplo famoso de intelectual
Mais uma preciosidade da nossa sociedade apresentada aqui na nossa série Tribos: o intelectual.

Primeiro, vamos analisar o papel dos nossos protagonistas na modernidade: os intelectuais são essenciais para a minha, a sua, a nossa formação como seres pensantes. Basta pensar naquele local que todo mundo deve frequentar durante uns 16 anos. Sim, a escola! E num outro que você frequenta após esses 16 anos e que dura um pouquinho menos. Sim, a universidade! E em outros locais que vão desde cursinhos de línguas até instituições como a Aqua Fish. Lá você encontrará pessoas com alto grau de intelectualidade sempre aptas a nos levar ao nirvana do conhecimento.

Você certamente já está pensando que a Tia Valéria, sua professora do jardim 3, ou que o Tio Jorginho, o professor da natação, não eram, nem a pau, intelectuais. E eu te respondo: certamente não eram. Então pense somente em pessoas inteligentes que você conhece.

E aí torna-se necessário um outro esclarecimento: a diferenciação entre intelectuais e nerds. Devido à minha preguiça, não vou apresentar diferenças aqui. Saibam somente que são criaturas diferentes e aguardem pela análise da tribo dos nerds para entender isso melhor.

Vamos ao que interessa.

O intelectual é aquele cara que crê que o conhecimento seja a maior viagem, a maior aventura de sua vida. Para ele, a ignorância é a maior das tragédias.

O seu porto seguro é um livro. É importante ressaltar que, ao contrário do nerd, o intelectual surge como uma criança normal. A coisa começa a mudar um pouco de rumo quando seus pais, também intelectuais (me parece ser uma coisa hereditária), dão para o moleque, ao invés de um velotrol, um livro. A criança nem sabe ler e já tem um livro. E o quadro só se agrava através dos anos. Aos 15 anos, o cidadão já está lendo Marx e questionando-o, inclusive.

O intelectual frequenta livrarias e sebos como eu frequento... minha cozinha. Odeia baladas, gente descolada e consumismo. O programa preferido do intelectual é visitar museus, nem que seja o museu de proctologia russo. Tudo é cultura. Adora ir a barzinhos com sua turminha intelectual e discutir conceitos da filosofia ou a atual conjuntura política ou a posição da mulher na sociedade do Afeganistão. Ouve música clássica, gosta de assistir a documentários, odeia televisão.

Como o intelectual preza o conhecimento acima de tudo e critica a vaidade acima de tudo, não há muito a se falar do visual do intelectual. Basta mencionar sua preferência pela estampa xadrez, por cores neutras e por vestimentas que lhe proporcionem o máximo de conforto possível e que demonstrem uma certa seriedade.

E vamos ficando por aqui com essa análise apuradíssima de um tipo muito interessante que é o intelectual. E aí, se identificou?

Para finalizar: Quer irritar um intelectual? Use gírias da moda, pergunte se está tudo "suave na nave" e diga que o visual dele está super descolado ou que ele é fashion. Garanta que haja um erro de português no seu discurso e conte para nós como foi o faniquito intelectual.

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