Tribos - O Descolado

Começa aqui uma nova série no Fanerógamo: Tribos.

Uma série que vai mostrar, post a post, pessoas com características e gostos em comum que buscam se incluir em turminhas com gente como elas.

Emos, nerds, surfistas, maconheiros, estilosos, hippies, esportistas, novos ricos, intelectuais, fetichistas, sambistas, idosos animados, baladeiros, viajantes, descolados e muito mais.

Este site começa aqui quase que uma campanha pela inclusão social, mostrando o lado comum e humano da mais esquisita das tribos e convida vocês, leitores, a conhecer um pouco mais essa gente.

E, para estrear a sessão Tribos, nada melhor do que falar a respeito dos descolados.

O descolado é, antes de tudo, a busca pela diferenciação. Não há elogio maior para um descolado do que dizer que ele é diferente. É um deleite para seus ouvidos.

O engraçado é que o descolado, mesmo querendo ser único, sempre vem acompanhado de sua turma não menos descolada. Um grupo homogêneo de gente diferente, entendem?

É possível identificar um descolado de longe pelas suas roupas. O descolado não tira seus óculos Ray-Ban (a marca da moda) vintage (um modo descolado de dizer "velho". Gostou? Quando sua avó começar a reclamar porque está velha diga que ela não é velha, ela é vintage e está super na moda), de preferência colorido.

O descolado não dispensa seu All-Star. Mas é claro que não é um simples All-Star! O All-Star do nosso protagonista é surrado, rabiscado por ele mesmo e com cadarço colorido.

E descolado que é descolado, assim como aqueles adolescentes de Malhação, interpretados por atores que devem ter uns 30 anos, usam calças coladas e coloridas e camisetas que tem escrito dizeres engraçados e ousados em inglês ou trechos de músicas do Cazuza.

O descolado ama música, mas não aquela que todo mundo conhece e encontra em qualquer listinha de karaokê. Ele ouve bandas americanas alternativas, cantores suecos, música do tipo indie rock.

Vive em Ipanema, mas diz que o melhor programa é ir a Santa Teresa, adora bistrôs em "ruazinhas charmosas", saraus e a Livraria da Travessa. Assiste filmes alternativos, acha Woody Allen e Almodóvar gênios maiores e diz ser viciado em café da Starbucks.

Assim é o descolado. E aí, se identificou?